Tuesday, November 19, 2013

E a Caminhada?

A junção das nossas raízes: africana, indígena e européia proporcionou a Salvador durante muitos anos a maior "Vitrine Cultural Baiana": A Caminhada Axé.

Com a sua primeira realização no ano de 1993, ao longo de sua existência se apresentaram mais de 2.500 artistas que faziam parte dos mais de 250 grupos de manifestações populares que por ela passaram, entre eles: 

Encourados do Pedrão
Caboclinhos
Bombachos do Acupe
Burrinhas de Taperoá
Caretas da Festa do Divino
Congada
Mouros e Cristãos
Banda de Pífanos
Caretas e Mandus do Acupe
Chegança Moura de Gamboa do Morro
Filarmônica Lyra Caciliana
Grupo Ilha de Maré
Grupo Indígena Os Guaranys
Mucutum Zezé
Mineiro Pau
Negros Africanos
Reis de Zé Preto
Pelé do Túnel
Lanterna de Pau
Banda Didá
Antonio Queiroz e Bule Bule
Samba de Roda Suerdick
Zambiapunga

Enfim, se for listar todos não concluo o meu raciocínio, rsrsrsrs.
Como podemos perceber um punhado de cada cantinho da Bahia num só lugar, um instrumento de fomento e visibilidade da Cultura Popular Baiana.

E onde eu quero chegar com isso?? É bem simples.
Vejo em pleno horário nobre uma propaganda que menciona "VIVA A CULTURA POPULAR" sem ao menos a nossa população conhecer 1/3 dela. Onde muitas manifestações estão se extinguindo, outras já morreram e uma minoria que lutar para continuar.
Eu queria entender como algo tão importante para a memória da cultura popular deixou-se extinguir.

Saturday, November 2, 2013

Não liguem para o que escrevo, é só um pensamento...

A escola prepara o aluno para fora da escola.
Ela tem o dever da formação da identidade à partir das interferências culturais.
 
Depois de uma certa discussão num certo grupo, um pensamento foi aparecendo...
 
"Onde foi parar a figura do estudante?
Onde está o sentimento de pertencimento desta classe?"
 
Por mais que os professores tentem modificar, inserir, diversificar o conteúdo programático, eles ainda vivem presos a um padrão sistemático.
 
A escola exclui o aluno! Certos tipos de assuntos que se abordam, muitos não irão utilizar ao longo das suas vidas.
 
O professor deve ser atrativo, deve associar o conteúdo a vida dos alunos, sair do seu quadrado para sair do conteúdo imposto, porém, são tão mau remunerados que a sua motivação se perde em meio ao caminho...
 
"Mais vale um aluno revoltado perturbando uma aula, do que um professor perturbando todo um sistema."
 
Ser passivo e obediente já fugiu do contexto de um aluno ideal.
 
Querida escola, a cultura popular urbana sente a necessidade de utilizar o seu espaço e assim construir um verdadeiro conceito de sociedade.
 
Pagode e português, skate e matemática, história e grafite: eles dialogam sim!
 
Querido professor, introduza a linguagem de rua no seu conteúdo programático.
 
RESIGNIFIQUE!!!
 
Se tudo passa por mudanças, porque a escola não muda?
 
Já dizia um trecho de Forfun:
"O comodismo é um mal parasitário
Juventude perdida é o caralho
Eu tenho muito mais pra dizer"
 
 
 
Obs.¹: Este pensamento vagou com um olhar voltado as escolas públicas;
Obs.²: Coloco o termo aluno, mas não concordo com o conceito de um ser sem luz;
Obs.³: Alguns trechos são falas de participantes de uma aula bastante produtiva, rsrsrs.